Felinos & Caninos

AvatarHistórias de cães e gatos de casa e da rua e outros animais menos votados

O gato chamado Cordinha





A história é velha e conhecida mas ilustra bem porque aquele gatinho recebeu o nome de Cordinha.

O velho morubixaba explicava ao indiozinho como eram colocados os nomes nas criancinhas índias:
- Quando indiozinho nascer em dia de muita lua, receber o nome de Lua-Prateada. Se dia for quente o nome será Sol-Brilhante. Se lobo uivar nas colinas próximas o nome será Lobo-Uivante, entendeu?
......
......
- Mas por que você quer mesmo saber essas coisas, indiozinho Cachorro-Cagando?

Aquele gatinho chegou pelos telhados em busca de comida e tinha uma cordinha presa ao pescoço. O povo de casa, ao cabo de alguns dias, conseguiu capturá-lo, para castrá-lo e retirar a inútil corda. Castrado ele já era, mas perdeu a corda e ganhou o nome.

Cordinha era um gato muito arisco no princípio. Continuava a vir em busca de comida e até arranjava um cantinho para dormir apesar de ser perseguido por dois ou três felinos, perseguir outros tantos e não gozar da indulgência de nenhum cachorro da casa. Sua relação com os humanos era péssima. À nossa aproximação ele chiava feito cobra (???), preparando-se para dar o bote.

No entanto ultimamente Cordinha tem estado mais cordato, já se submete a um carinho e eu me surpreendi com ele miando para mim e vindo em minha direção. Prontamente alisei seu pelo e ele se enroscava nos meus dedos. Essa amizade teve curta duração: quando me dispus a ir embora ele não gostou e demonstrou de modo desproporcional seu descontentamento. Cravou no meu braço unhas e dentes deixando três buracos sanguinolentos.

Voltei depois a fazer carinho no Cordinha e ele age como se nenhum entrevero tivesse ocorrido entre nós. Eu, como sei que ele passa do amor ao ódio em frações de segundo, quando tenho que ir embora me afasto rapidamente não lhe dando chance para estúpidas reclamações.

Floquinho e Picolé mais Tiririca

Que é isso? Será um espanador?
Não, é apenas o Floquinho, nome dado pela dona da casa. Mas como às vezes eu acho que o nome não se aplica, resolvi chamá-lo de Picolé. Penso que ele, como alguns outros animais aqui de casa que têm dupla denominação, não deve ter nenhuma crise de identidade por ter de acudir a dois chamados diferentes.

Abaixo, foto de frente do Floquinho... ou Picolé.



Dizem que apenas os líquidos podem assumir o formato do seu continente. Não é verdade! Vejam abaixo que o Tiririca assumiu o formato da caixa. Ou estarei enganado e a caixa assumiu o formato do simpático, galhofeiro e rebelde cãozinho? Este tem apenas um nome, dado pelo pessoal do estacionamento de carros onde ele dormia. É um cão de sorte. Sua história será contada em outra oportunidade.